sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Reflexões sobre o 1º módulo 18º ENA


“Famílias, abram os olhos para o século XXI!”. Com esse enunciado, o Movimento Familiar Cristão do Brasil vai para o seu 18º Encontro Nacional que acontecerá na cidade Vitória da Conquista – Bahia, de 06 a 12 de julho de 2013 e pretende chamar a atenção da sociedade para que todos compreendam a necessidade e urgência em recolocar as famílias no centro das atenções das religiões e do Estado, implementando políticas públicas destinadas às famílias. Por outro lado, clama para que as famílias se compenetrem do papel protagonista que as mesmas têm para a construção de um mundo melhor e mais justo para todos.
O primeiro módulo para nortear o debate “A CRISE PARADIGMÁTICA DA MODERNIDADE E AS IMPLICAÇÕES NO UNIVERSO FAMILIAR”, produzido pelo professor Mário Antonio Betiato, faz uma breve análise histórica, sem aprofundar sobre a experiência socialista no mundo. De passagem, cita a China e Cuba sem, no entanto, trazer qualquer dado sobre a relação Estado, famílias, políticas de amparo, educação, cultura, saúde, transporte, comunicação, etc.
Creio que o professor cumpre o seu papel em nos provocar, sacudindo tudo o que está posto radicalmente. Afirmar que as utopias pela construção de um mundo melhor para todos se sucumbiram, não é verdade. Nós, cristãos e mfecistas, continuamos acreditando e trabalhando incansavelmente pela construção de um mundo justo e fraterno, alcançando especialmente a população marginalizada. Não podemos fechar os olhos e não podemos deixar de admitir que no Brasil, nos últimos 12 anos, fruto do crescimento econômico acompanhado de variadas políticas públicas, chegou aos lares de muitas famílias anteriormente desassistidas.
Karl Marx, em seus escritos ainda atuais, dota a classe trabalhadora de um instrumento de orientação cientifica capaz de reverter sua precária situação, detalhando como se dá a mais valia, que a história da sociedade é a história da luta de classes e da exploração do homem pelo homem. Entendia inclusive, que as mudanças pensadas por ele com base na realidade analisada, aconteceriam na Inglaterra, por ser exatamente o país onde as forças econômica, cultural e social atingiriam o ápice e que as mudanças sociais ocorreriam com esse desenvolvimento com a abolição da propriedade e que cada um teria de acordo com o seu trabalho.Marx não escreveu que haveria uma igualdade social econômica linear, tampouco que uma sociedade suportaria manter aqueles que vivem como sanguessugas. Os marxistas em suas mais variadas interpretações distorcem o original.

O neoliberalismo sim, essa fase superior do capitalismo, onde a financeirização,consumismo,domínio das grandes redes de comunicação,farmacos e alimentos, tudo abarcou, inclusive transformando o homem e a mulher em mercadorias, merece uma análise mais apurada da nossa parte, inclusive nos preparando para contribuir no enfrentamento desse leviatan. Esses momentos que estamos vivenciando, os princípios familiares não importam, onde prevalece o egocentrismo, o eu, a razão, o ter. É verdade que o homem se tornou coisa como previu Marx e Engels no Manifesto do Partido Comunista de 1848. No mais, concordo com a análise do professor.

Eduardo Moraes
ECCi Vitória da Conquista - Bahia

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